As doenças mais comuns das gengivas e os seus sintomas

A doença das gengivas é um problema de saúde prevalente que afecta milhões de pessoas em todo o mundo. Engloba uma série de condições que afectam as gengivas e as estruturas de suporte dos dentes. Compreender estas doenças, os seus sintomas e a forma de as prevenir é crucial para manter uma boa saúde oral. Este artigo aborda as doenças gengivais mais comuns, as suas causas e dicas práticas de prevenção.

Problemas comuns das gengivas

Os problemas comuns das gengivas passam muitas vezes despercebidos até causarem um desconforto significativo, afectando as actividades diárias e a saúde oral em geral. Estes problemas podem variar desde pequenas irritações a condições graves que requerem intervenção profissional. Estar consciente destes problemas e dos seus sinais precoces pode ajudar a tomar medidas atempadas para evitar mais complicações.

Um dos problemas mais frequentes das gengivas é o inchaço das gengivas. As gengivas inchadas podem resultar da irritação provocada por partículas de alimentos, de uma má higiene oral ou de uma reação alérgica a produtos dentários. O inchaço pode causar desconforto, sensibilidade e até dificuldade em comer ou falar.

Outro problema comum é sangramento das gengivas. Isto pode ocorrer durante a escovagem ou o uso do fio dental e é frequentemente um sinal precoce de irritação ou inflamação das gengivas. O sangramento das gengivas pode ser causado pela utilização de uma escova de dentes com cerdas duras, técnicas de escovagem inadequadas ou mesmo alterações na dieta que afectam a saúde das gengivas.

Recessão das gengivas é um problema prevalente em que o tecido gengival se afasta gradualmente dos dentes, expondo mais do dente ou da sua raiz. Isto pode levar a um aumento da sensibilidade, a um maior risco de cárie dentária e a uma aparência inestética. A retração das gengivas pode ser causada por uma escovagem agressiva, pelo ranger dos dentes ou mesmo por alterações hormonais.

Mau hálitoO mau hálito, medicamente conhecido como halitose, é outro problema comum das gengivas. Pode ser causado pela acumulação de bactérias na boca, por uma má higiene oral ou por infecções subjacentes das gengivas. O mau hálito persistente é frequentemente uma indicação de que pode haver um problema com a saúde das gengivas que precisa de ser tratado.

Sensibilidade das gengivas é também um problema frequente, em que as gengivas se tornam demasiado sensíveis a alterações de temperatura, a determinados alimentos ou ao toque. Esta sensibilidade pode dever-se à recessão gengival, à erosão do esmalte ou a outras condições gengivais subjacentes. Pode afetar significativamente o conforto e a qualidade de vida de uma pessoa.

Por último, descoloração da gengiva pode sinalizar um problema. As gengivas saudáveis são normalmente cor-de-rosa, mas podem ficar vermelhas, brancas ou mesmo escuras, dependendo de vários factores como infeção, trauma ou determinadas condições médicas. As gengivas descoloridas não devem ser ignoradas, pois podem indicar um problema subjacente mais grave.

Tipos de doenças das gengivas

Existem vários tipos de doenças das gengivas, cada uma com o seu próprio conjunto de sintomas e implicações para a saúde oral. Compreender estes diferentes tipos pode ajudar a identificá-los e a geri-los eficazmente.

Doenças da gengiva - Lista

Segue-se uma lista exaustiva das doenças das gengivas, que descreve os vários tipos e as suas caraterísticas:

  1. Gengivite: A gengivite é a forma mais ligeira de doença das gengivas. Provoca vermelhidão, inchaço e sangramento das gengivas, especialmente durante a escovagem ou o uso do fio dental. A gengivite é normalmente o resultado de uma má higiene oral, que permite a acumulação de placa bacteriana nos dentes e nas gengivas. A condição é reversível com uma higiene oral adequada e tratamento profissional. A escovagem regular, o uso do fio dental e os check-ups dentários podem ajudar a prevenir a gengivite e a manter as gengivas saudáveis.
  2. Periodontite crónica: A periodontite crónica é o tipo mais comum de periodontite, caracterizada pela inflamação das estruturas de suporte dos dentes. Isto inclui as gengivas, o ligamento periodontal e o osso alveolar. Os sintomas incluem recessão gengival, formação de bolsas entre os dentes e as gengivas e perda óssea. A periodontite crónica progride lentamente e é mais comum nos adultos. Se não for tratada, pode levar à perda de dentes e a outras complicações. O tratamento envolve limpezas dentárias profissionais, melhoria da higiene oral e, por vezes, intervenções cirúrgicas para restaurar os tecidos danificados.
  3. Periodontite agressiva: Ao contrário da periodontite crónica, a periodontite agressiva progride rapidamente e pode levar a uma perda significativa de dentes num curto espaço de tempo. Esta doença afecta frequentemente indivíduos mais jovens e pode ter uma componente genética. O diagnóstico e o tratamento precoces são cruciais para gerir eficazmente esta doença. Os sintomas incluem uma rápida perda de inserção, destruição óssea e agregação familiar. O tratamento envolve normalmente uma combinação de limpeza profunda, antibióticos e, por vezes, procedimentos cirúrgicos para controlar a infeção e restaurar a saúde das gengivas.
  4. Doença Periodontal Necrotizante: A doença periodontal necrosante é uma forma grave de doença gengival caracterizada pela morte do tecido gengival, dos ligamentos dentários e do osso. É mais comum em indivíduos com o sistema imunitário comprometido, desnutrição ou stress crónico. Os sintomas incluem dor intensa, sangramento e mau hálito. Esta condição requer atenção médica imediata e tratamento, que pode incluir antibióticos, limpeza profissional e melhoria da higiene oral. Uma nutrição adequada e o controlo das condições de saúde subjacentes também são importantes para a recuperação.
  5. A periodontite como manifestação de doenças sistémicas: Algumas doenças sistémicas, como a diabetes e as doenças cardiovasculares, podem manifestar-se como doença periodontal. Estas condições sistémicas podem exacerbar os sintomas da doença periodontal e complicar o seu tratamento. Por exemplo, a diabetes pode prejudicar a capacidade do organismo de combater infecções, incluindo as das gengivas. A gestão destas condições requer muitas vezes uma abordagem multidisciplinar, abordando tanto a doença sistémica como os sintomas periodontais. O tratamento pode envolver a colaboração entre profissionais médicos e dentários para garantir cuidados abrangentes.
  6. Peri-implantite: A peri-implantite é um tipo de doença das gengivas que afecta os tecidos que rodeiam os implantes dentários. Semelhante à periodontite, a peri-implantite pode levar a inflamação, perda óssea e fracasso do implante se não for tratada prontamente. Esta condição é frequentemente causada por uma má higiene oral, tabagismo ou outros factores de risco que contribuem para a infeção bacteriana em redor do implante. Manter uma boa higiene oral, fazer check-ups dentários regulares e limpezas profissionais são essenciais para prevenir a peri-implantite. O tratamento pode envolver uma limpeza profunda, antibióticos e, por vezes, intervenções cirúrgicas para restaurar a saúde dos tecidos à volta do implante.
  7. Hiperplasia gengival: A hiperplasia gengival, também conhecida como crescimento excessivo da gengiva, é uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo do tecido gengival. Pode ser causada por determinados medicamentos, tais como medicamentos anti-convulsivos, imunossupressores e bloqueadores dos canais de cálcio. A má higiene oral e a acumulação de placa bacteriana podem agravar a doença. Os sintomas incluem gengivas aumentadas que podem cobrir parte dos dentes, dificultando a sua limpeza correta. Isto pode levar a um aumento do risco de doenças das gengivas e cáries dentárias. O tratamento envolve frequentemente a melhoria da higiene oral, o ajuste de medicamentos sob supervisão médica e, em casos graves, a remoção cirúrgica do tecido gengival em excesso.
  8. Fibromatose gengival: A fibromatose gengival é uma doença genética rara que faz com que as gengivas cresçam excessivamente espessas e fibrosas. O crescimento excessivo pode cobrir os dentes e interferir com a sua erupção, levando a problemas funcionais e estéticos. Os sintomas aparecem normalmente no início da vida e podem progredir ao longo do tempo. O tratamento envolve normalmente a remoção cirúrgica do tecido gengival excessivo, mas a doença pode recorrer. A manutenção de uma boa higiene oral é essencial para prevenir infecções secundárias e complicações.
  9. Gengivite descamativa: A gengivite descamativa é uma condição em que as camadas exteriores do tecido gengival se descolam, deixando áreas cruas, vermelhas e doridas. Está frequentemente associada a doenças auto-imunes, como o líquen plano e o pênfigo vulgar. Os sintomas incluem gengivas dolorosas e sangrentas e sensibilidade a alimentos quentes, frios e condimentados. O diagnóstico geralmente envolve uma biópsia para determinar a causa subjacente. O tratamento centra-se no controlo da doença subjacente, na utilização de corticosteróides para reduzir a inflamação e na manutenção de uma boa higiene oral para evitar infecções secundárias.

Causas de problemas comuns das gengivas 

Os problemas comuns das gengivas têm várias causas, que vão desde uma má higiene oral a predisposições genéticas. Compreender estas causas pode ajudar a prevenir e a gerir estes problemas de forma eficaz.

Má higiene oral 

A má higiene oral é a principal causa dos problemas mais comuns das gengivas. O facto de não escovar os dentes e usar o fio dental regularmente permite que a placa bacteriana se acumule nos dentes e nas gengivas, levando à gengivite e à periodontite. A placa bacteriana é uma película pegajosa de bactérias que se forma nos dentes e nas gengivas depois de comer e beber. Se não for removida, pode endurecer e transformar-se em tártaro, que só pode ser removido por um dentista. A acumulação de tártaro pode irritar as gengivas, levando à inflamação e à doença das gengivas. Os check-ups dentários regulares e as limpezas profissionais são essenciais para remover a placa bacteriana e o tártaro que não podem ser removidos apenas com a escovagem. Boas práticas de higiene oral, como escovar duas vezes por dia com pasta dentífrica com flúor e usar o fio dental diariamente, são cruciais para prevenir a acumulação de placa bacteriana e manter as gengivas saudáveis.

Tabagismo e tabaco 

O tabagismo e o consumo de tabaco são factores de risco significativos para a doença das gengivas. Os produtos do tabaco enfraquecem o sistema imunitário, tornando-o mais difícil de combater as infecções, incluindo as que causam doenças das gengivas. Os fumadores têm maior probabilidade de desenvolver doença periodontal e de sofrer formas mais graves da doença. Os químicos do tabaco também podem impedir o processo de cicatrização, tornando mais difícil para as gengivas recuperarem de uma infeção ou lesão. Além disso, fumar reduz a quantidade de oxigénio na corrente sanguínea, o que pode prejudicar a saúde das gengivas e de outros tecidos da boca. Deixar de fumar e evitar os produtos do tabaco são passos vitais para reduzir o risco de doenças das gengivas e melhorar a saúde oral em geral.

Genética 

A genética também desempenha um papel importante nos problemas comuns das gengivas. Algumas pessoas são mais susceptíveis a doenças das gengivas devido à sua composição genética. Se tem um historial familiar de doenças das gengivas, é essencial tomar precauções adicionais e manter uma excelente higiene oral para reduzir o seu risco. Os factores genéticos podem influenciar a forma como o seu corpo responde às bactérias na boca e a suscetibilidade das suas gengivas a inflamações e infecções. Embora não possa alterar a sua predisposição genética, estar ciente do seu risco pode ajudá-lo a tomar medidas proactivas para proteger a saúde das suas gengivas. Visitas regulares ao dentista e boas práticas de higiene oral são especialmente importantes para indivíduos com um historial familiar de doença das gengivas.

Condições médicas

Certas condições médicas, como a diabetes, podem aumentar o risco de doenças das gengivas. As pessoas com diabetes são mais propensas a infecções, incluindo infecções das gengivas. Níveis elevados de açúcar no sangue podem prejudicar a capacidade do organismo para combater infecções, incluindo as que afectam as gengivas. Gerir eficazmente a diabetes e manter uma boa higiene oral pode ajudar a reduzir o risco de problemas nas gengivas. Outras condições médicas, como distúrbios do sistema imunitário, também podem aumentar o risco de doenças das gengivas. Estas condições podem enfraquecer o sistema imunitário, tornando mais difícil para o corpo combater as infecções e manter as gengivas saudáveis. 

Alterações hormonais

As alterações hormonais, como as que ocorrem durante a gravidez, a puberdade e a menopausa, também podem afetar as gengivas. Estas alterações podem tornar as gengivas mais sensíveis e susceptíveis a doenças gengivais. Por exemplo, o aumento dos níveis hormonais durante a gravidez pode fazer com que as gengivas fiquem mais inflamadas e propensas a sangrar. Esta condição, conhecida como gengivite da gravidez, pode ser controlada com uma boa higiene oral e visitas regulares ao dentista. As alterações hormonais durante a puberdade e a menopausa também podem afetar as gengivas, tornando-as mais susceptíveis a inflamações e infecções. As mulheres devem prestar mais atenção à sua saúde oral durante estes períodos e procurar aconselhamento profissional, se necessário. Os check-ups dentários regulares e os bons cuidados orais podem ajudar a gerir os efeitos das alterações hormonais nas gengivas.

Dieta

A dieta desempenha um papel crucial na manutenção da saúde das gengivas. Uma dieta rica em açúcares e hidratos de carbono refinados pode contribuir para o desenvolvimento de placa bacteriana e tártaro, conduzindo a doenças das gengivas. Os alimentos e bebidas açucarados fornecem uma fonte de alimento para as bactérias da boca, que podem produzir ácidos que corroem o esmalte dos dentes e irritam as gengivas. Uma dieta equilibrada rica em vitaminas e minerais, particularmente vitamina C e cálcio, é essencial para manter as gengivas saudáveis. A vitamina C é importante para a produção de colagénio, uma proteína que ajuda a manter a estrutura das gengivas, enquanto o cálcio ajuda a fortalecer os dentes e os ossos. Fazer uma dieta saudável e limitar os alimentos e bebidas açucarados e ácidos pode ajudar a reduzir o risco de doenças das gengivas.

Como prevenir as doenças das gengivas? 

A prevenção das doenças das gengivas envolve uma abordagem abrangente à higiene oral e às escolhas de estilo de vida. Eis alguns pontos-chave para o ajudar a manter as gengivas saudáveis:

  • Escovar duas vezes por dia: Escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com pasta dentífrica com flúor para remover a placa bacteriana e as partículas de alimentos.
  • Fio dental diário: Use o fio dental diariamente para limpar entre os dentes e sob a linha da gengiva, onde a escova de dentes não consegue chegar.
  • Utilizar um fio dental com água: Incorporar um fio dental de águana sua rotina. Este dispositivo utiliza um jato de água para remover eficazmente a placa bacteriana e os restos de comida, especialmente em áreas de difícil acesso, reduzindo a irritação das gengivas e promovendo gengivas mais saudáveis.
  • Mudar para uma Escova de Dentes Sónica: Utilize uma escova de dentes sónica, como a Oclean X Pro Elite para uma remoção mais eficaz da placa bacteriana. As vibrações de alta frequência de uma escova de dentes sónica asseguram uma limpeza completa dos dentes e gengivas, ajudando a prevenir a acumulação de placa bacteriana e tártaro.
  • Check-ups dentários regulares: Visite o seu dentista regularmente para fazer limpezas e check-ups profissionais para detetar sinais precoces de doenças das gengivas e manter uma saúde oral óptima.
  • Manter uma dieta equilibrada: Para manter a saúde das gengivas, adotar uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais, especialmente vitamina C e cálcio.
  • Evitar os produtos do tabaco: Deixar de fumar e evitar os produtos do tabaco, uma vez que estes podem aumentar significativamente o risco de doenças das gengivas e dificultar o processo de cicatrização.
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